quinta-feira, 22 de abril de 2010

Empresa lança "supermercado" para música independente brasileira na web

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Folha SP


Em um mundo digital cada vez mais polarizado pelo embate entre pirataria e direitos autorais, a empresa Ponte D, apresentada ao mercado nesta quarta-feira (24), faz jus ao nome: se propõe a colocar as bandas independentes na briga pelo download legal e remunerado, a partir do intermédio entre elas e os canais de vendas on-line.

O panorama da seara musical, entretanto, não é dos mais agradáveis --ao menos, para o comércio: segundo estimativas dadas pela IFPI (Federação Internacional da Indústria Fonográfica, na sigla em inglês) no começo do ano, a fatia do download ilegal foi predominante: 95% ocorreram dessa maneira, ou um total de 40 bilhões de músicas.

No Brasil, a loja virtual UOL Mega Store tem uma média de 30 mil downloads legais por mês, em um acervo que totaliza 1 milhão de músicas. O número, de acordo com Jan Fjeld, diretor da magazine on-line, ainda é considerado tímido.

Uma das nossas grandes dificuldades é a plataforma e o formato em que entregamos as músicas, que está sendo modificado, a fim de facilitar o download para o internauta, disse, em entrevista coletiva durante a manhã de hoje. Nossa ideia é estabelecer um filtro para o usuário final.

Existe uma cadeia muito grande envolvida. Muitos questionam a remuneração dos artistas, mas é complicado se a cadeia não se remunera, observa Andrea Moysés, gerente de conteúdo da SupportComm, empresa que, dentre outras atividades, administra o canal Claro Ideias, da operadora de celulares homônima.

Outros fatores apontados são a facilidade dos formatos de músicas, a conscientização do usuário a respeito do trabalho que envolve esse nicho, e o elementar: o preço das canções fornecidas por grandes gravadoras. Atualmente, custam, no mínimo, R$ 1,99.

A vertente independente, no entanto, promete esquentar as vendas digitais de música, a partir do oferecimento de músicas a preços mais amenos, dentro de uma variação entre R$ 0,99 e R$ 2,49.

São as associações [da indústria fonográfica] que determinam o preço do direito autoral. Se estivermos incomodando as majors, ótimo. Isso quer dizer que estamos no caminho certo, afirma o editor musical Cesar Vieira, da Editora Dueto. As edições têm como eixos principais o direito patrimonial e moral no que se refere à obra do artista.


Catalisador

A ideia da Ponte D é facilitar o trâmite burocrático dos artistas independentes e rádios on-line, lojas virtuais e telefonia móvel. O projeto, segundo eles, é pioneiro, uma vez que serve como um catalisador de questões como contrato de direito, edição, pagamento e prestação de contas.

A partir dessa centralização, o produto musical é levado às grandes magazines virtuais --como a UOL Mega Store, uma das 21 lojas nacionais parceiras da iniciativa --além de cinco operadoras de celular. No mercado internacional, os materiais da Ponte D serão distribuídos a 144 lojas.

Há mercado, porque há pessoas interessadas no espaço que o artista independente merece, afirma Jan Fjeld, diretor do UOL Mega Store.

A Ponte D inicia apenas com o segmento musical. A ideia, com certeza, é ampliar para outros mercados, como games, afirma Dennys Motta, cofundador da Ponte D.


Fonte: http://www.guiadamusica.org/





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