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No Brasil, denomina-se música sertaneja o estilo musical autoproclamado herdeiro da "música caipira" e da moda de viola, que se caracteriza pela melodia simples e melancólica; muitas vezes é chamada de música do interior. Hoje em dia, o termo música sertaneja vem, aos poucos, sendo substituído pelo termo música country devido à influência da música country norte-americana que a indústria brasileira está usando como novo segmento comercial na televisão e na indústria de gravação.[1]
O adjetivo "sertanejo", originalmente, refere-se à cultura nordestina, do interior, que encontrou vegetação e clima hostis, além da dominação política dos "coronéis", obrigando a desenvolver uma cultura de resistência, do matuto, legitimamente sertanejo, conhecedor da caatinga. Difere-se da cultura caipira, originária na área que abrange o interior de São Paulo e os Estados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná. Ali se desenvolveu uma cultura do colono que encontrou abundância de águas, terra produtiva e um clima mais ameno, típico do cerrado.
É conhecida como "Caipira" ou "sertaneja" a execução composta e executada das zonas rurais, do campo, a antiga Moda de viola. Os caipiras, ou sertanejos, às vezes duplas ou solo, utilizavam instrumentos artesanais e típicos do Brasil-colônia, como viola, acordeão e gaita. Cornélio Pires é o primeiro grande promotor desta música, foi ele o primeiro a conseguir, em 1928, que este estilo entrasse para a discografia brasileira, sendo considerado o precursor dos sertanejos da chamada cultura de massa. Ele gravou vários discos e popularizou a música caipira no Brasil.
No entanto, a partir da década de 1980, tem início uma exploração comercial massificada do estilo "sertanejo", somado, em muitos casos, à uma releitura de sucessos internacionais e mesmo da Jovem Guarda. Surgem inúmeros artistas, quase sempre em duplas, que são lançados por gravadoras e expostos como produto de cultura de massa. Esses artistas passam a ser chamados de "duplas sertanejas". Começando com Chitãozinho & Xororó e Leandro & Leonardo, uma enxurrada de duplas do mesmo gênero segue o fenômeno, que alcança o seu auge entre 1988 e 1990.
Em seguida, começa uma decadência do estilo na mídia. A música sertaneja perde bastante popularidade, mas continua sendo ouvida principalmente nas áreas rurais do Centro-Sul do Brasil.
No entanto, no início da década de 2000, inicia-se uma espécie de "revival" desse estilo, principalmente devido ao sucesso de duplas, como Bruno & Marrone, Edson & Hudson e, mais tarde,Jorge e Mateus,Victor & Leo e César Menotti & Fabiano, e sua ampla divulgação na mídia, sobretudo a televisiva.
Ao longo dessa evolução, evitou-se cuidadosamente o termo "caipira", que era visto com preconceito nas cidades grandes. O estilo "sertanejo", ao contrário da música caipira, tem pouca temática rural para poder agradar a habitantes de cidades grandes.
A música de raiz
A música rural que mantém seus temas, (feita por Cornélio Pires, João Pacífico, Tonico & Tinoco, Alvarenga & Ranchinho, Pena Branca & Xavantinho, Zé Fortuna & Pitangueira, entre outros), para se diferenciar da música sertaneja, passa a se denominar então de "música de raiz", querendo dizer, com isso, que está ligada verdadeiramente às suas raízes rurais, à moda de viola e à terra, ao sertão, pois o termo "bens de raiz" significa as propriedades agrícolas.
Recentemente (1999) , o compositor Renato Teixeira compôs a música "Rapaz Caipira", como crítica aberta à "música sertaneja" e fazendo renascer a expressão "música caipira".
A Música Sertaneja, assim como vários outros estilos de música, pode ser subdivido em vários sub-gêneros, alguns até mesmo muito diferentes entre si.Entre os principais estão:
Caipira ou de Raiz
Sertanejo Romântico
Country Music
Sertanejo Universitário
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
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